sábado, 11 de agosto de 2012

Modalidades

     

O que é apartação?

  • O animal de apartação é muito útil em um rancho ou fazenda, pois no trabalho diário se faz necessário à execução de tarefas como manejo com o gado. Um exemplo é apartar do rebanho um animal que está doente para ser tratado, medicado, ou para outra finalidade.
    Essa necessidade ficou evidente, e também a utilização de animais que no exercício de suas funções o faça com competência.
    Entretanto dentro de uma competição de apartação, animal e cavaleiro torna–se um só.
    Devem se mover calmamente para dentro do rebanho, apartar uma rês e dirigi-la ao centro da arena e mantê-la afastado do rebanho.
    O cavaleiro ou amazona de apartação deve combinar seus movimentos com o movimento da rês, antecipando todas as suas manobras.
    O juiz atribui nota ao animal pela sua habilidade de impedir a rês de retornar ao rebanho, "COW SENSE" senso do gado, coragem e atenção, no tempo de 2 minutos e meio.
    A nota varia de 60 a 80 pontos, e o competidor inicia com 70 pontos.

CURIOSIDADES

CURIOSIDADES

No Brasil, onde uma grande parte da população eqüestre não recebe bons tratos, o tempo médio de vida gira em torno dos 23 anos, enquanto a média em países desenvolvidos ultrapassa os 25 anos, sendo frequentes os casos de animais que morrem com idades acima dos 30 anos.
O recorde mundial de longevidade permanece com o garanhão Old Billy, que viveu 62 anos ( 1760 a 1822 ).
Você sabe relacionar a idade do cavalo com a idade do ser humano? Veja no quadro abaixo:
Cavalo
Ser humano
1 ano 10 anos
4 anos 17 "
10 " 35 "
15 " 50 "
20 " 60 "
30 " 80 "
33 " 90 "

 
  • Existem no mundo quase 300 raças de cavalos. O Brasil participa com 13 raças.
  • O recorde mundial de velocidade para cavalos é de 69 km/h. Os cavalos mais velozes do mundos são os da raça Puro Sangue Inglês (PSI).
  • Mas a corrida mais longa da história - total de 1900 km - foi vencida por um garanhão a raça Árabe, de nome Emir, criado no Egito.
  • Os cavalos mais resistentes do mundo são os da raça Árabe. Esta "fortaleza" foi moldada nos desertos do Egito.
  • A prova de enduro mais longa do mundo é a Tevis Cup - total de 160 km -, realizada anualmente nos Estados Unidos. Os cavalos de sangue Árabe sempre conquistam as primeiras colocações. A marca recorde é impressionante: 4,5 horas, o que representa uma velocidade média de 35,5 km/hora.
  • O menor cavalo do mundo mede 18 cm. (uma miniatura de Poney argentino, criado como um cachorrinho de estimação dentro de casa).
  • Os cavalos mais altos do mundo chegam a medir em torno de 1,80 m (altura da Cernelha). Pertencem à raça alemã Westfalen, uma especialista no Hipismo Clássico.
    Atenção!! Se voce tem algum caso equestre curioso para nos contar, teremos o maior prazer em incluir nessa página.

domingo, 5 de agosto de 2012

 Pode-se bater em um cavalo que morde Você?
Monty Roberts Responde:


“Retire toda a violência e você tirou 95% de todos os erros”. Desde criança lutando contra a violência aos equinos, a partir desta edição, Monty Roberts irá compartilhar um pouco de sua experiência e talento com os cavalos por meio de  uma coluna mensal.


Esta pergunta é um convite a milhares de outros questionamentos que ajudam a entender melhor que a mente humana ainda não está na mesma sintonia que a mente dos cavalos. Causar dor em um equino é uma das piores atitudes para uma boa relação entre cavalos e cavaleiros. Bater em um cavalo em qualquer lugar próximo à cabeça por causa do ato de morder produzirá uma futura mordida ainda mais forte.
Atacar o ponto de medo do animal é um convite para a guerra. E se nós batalharmos com o cavalo, provavelmente será ele que irá vencer. Eles são maiores, mais rápidos e velozes.
O que acontece quando alguém decide bater no cavalo que o mordeu é que esta mordida futura será mais efetiva. Por um lado, o cavalo se tornará mais ágil em relação ao tempo, mais rápido no ataque e mais veloz ao antecipar a atitude de ser atingido. Contudo, a consequência será muito pior do que se nós simplesmente tentássemos melhorar esse quesito.
Em meus trabalhos, sempre sugeri levar a atenção do cavalo para outra parte do corpo dele. Essa teoria pode ser levada também para o estábulo. Desde que domesticamos os cavalos e os mantivemos em pequenos ambientes por um longo período de suas existências, eles se tornaram demarcadores de território. A casa de um homem é o seu castelo e assim funciona também no mundo dos cavalos. Existem muitas maneiras para lidar com o comportamento de demarcação de território e eu sugiro que você continue a estudar meus conceitos.

Contra-indicações

Treinadores profissionais algumas vezes recomendarão medidas duras em uma tentativa de desencorajar a mordida. Eu já ouvi falar que você deve bater no animal no primeiro sinal de que ele irá mordê-lo. Já fui aconselhado a utilizar mecanismos pontudos nos animais. Alguns disseram para usar um par de alicates. Mas o pior que eu já escutei foi usar um prego entre os dedos para golpear o cavalo que morde.
Vamos à situação: lá estava você andando pelo estábulo e o cavalo o morde. Imediatamente, por causa da dor, você bate nas costas do animal.
Realmente, você acha que batendo no cavalo fará, com que de alguma forma, ele racionalize sua atitude. E na próxima vez que você passar pelo celeiro ele não irá mordê-lo? Eu passei 75 anos provando que ele simplesmente irá desenvolver uma mordida mais perigosa.
Cada uma dessas medidas é apenas uma garantia que você produzirá um cavalo mais perigoso e agressivo. É preciso tirar todas as ações dolorosas e violentas do treinamento, pois elas apenas farão com que o cavalo morda para baixo e saia levando partes de sua roupa e até mesmo da sua pele. Existem muitos outros caminhos para lidar com este problema.
Primeiramente eu devo dizer que quando lido com cavalos que mordem, observo que mais de 90% deles já receberam guloseimas (açúcar, cenouras, maçãs) das mãos de pessoas. Quando associamos comida com o corpo humano, nós estamos treinando os cavalos para morderem. A ciência provou que o mesmo acontece com tubarões e outros predadores marítimos. Frequentemente o proprietário dirá que ele nunca alimentou o seu animal por meio das mãos, mas acaba descobrindo que um dono anterior já fez isso. Contudo, lembre-se: ainda temos um problema para lidar.
Uma vez que eliminamos a alimentação por meio das mãos, uma pessoa responsável deve observar o cavalo de perto e imediatamente ter alguma ação no primeiro sinal de que o animal irá morder. A ação deve ser tocar a canela do cavalo com sua bota, não chutar o cavalo, apenas dar uma batida, pois a dor não é aconselhável. O que você está procurando com isso é uma distração que levará a atenção do cavalo para outras partes de seu corpo. Os cavalos respondem de maneiras variadas, por isso, selecionar um método de distração ajudará muito.
Imediatamente, após distrair o cavalo, apenas vá embora levando o cavalo com você, pare, observe e responda a qualquer sinal de mordida, baseado nas ações que recomendei. Normalmente, após oito repetições, a reação de morder tende a ser eliminada, pois o cavalo irá voltar a sua atenção para a sua canela ou sua pata.
Os cavalos têm uma ampla disponibilidade de distração, e pode-se usar essa característica como uma forma de eliminar a violência do treinamento, além de utilizá-la nos problemas relacionados à mordida.

História do Quarto de Milha no Brasil

Tudo começou em 1955, quando a Swift-King Ranch (SKR) importou seis animais dos Estados Unidos para o Brasil, vindos de sua matriz norte-americana, a famosa King Ranch, no Texas, a maior fazenda dos EUA. À medida que vários pecuaristas, banqueiros e homens de negócios tiveram a oportunidade de conhecer os animais Quarto de Milha, começaram a pressionar a SKR para que lhes vendessem alguns exemplares. A companhia atendeu a poucos criadores, vendendo um número reduzido de potros. Em 15 de agosto de 1969, foi fundada a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), no Parque da Água Branca, em São Paulo, onde se encontra atualmente.
Hoje, o plantel brasileiro é composto, segundo dados fornecidos pelo Stud Book da ABQM, atualizados até 24/08/2011, por 358.087 animais registrados, com 61.415 criadores, proprietários e associados cadastrados, espalhados por todos os estados brasileiros.
A indústria Quarto de Milha
O plantel Quarto de Milha no Brasil é composto por mais de 358 mil animais registrados (até 24/08/2011), com o valor aproximado de US$ 785,5 milhões, divididos entre 61,4 mil criadores, proprietários e associados. Seus haras distribuídos em 491,6 mil hectares, avaliados em mais US$ 685,7 milhões, consomem aproximadamente 143,4 mil toneladas de ração/ano. Esse consumo implica em aproximadamente US$ 25,2 milhões de investimento. A mão-de-obra empregada diretamente também é bastante significativa, oferecendo 244,8 mil empregos diretos (média de 4 funcionários por criador ou proprietário), sem contar com veterinários, agrônomos, zootecnistas, ferradores, centros de treinamento, centros de reprodução, leiloeiros, leiloeiras, carpinteiros, pedreiros, eletricistas, marceneiros, transportadores de cavalos, fabricantes de equipamentos e indústria de ração e produtos veterinários, entre outros.